11 outubro, 2015

Há um ano parecia impossível, hoje também... porém...

(olhemos para além dos rostos) 

(reeditado)


Ah, se tudo se pudesse reduzir a uma questão de caras... olhemos, então, para além delas.
Para um, o congresso é um enorme colectivo que discute e assume ideias, compromissos, destinos, sob a forma de orientações e de programa. Para outro, o congresso é uma prova, que aglutina, funde, entrona, e onde as crenças substituem as ideias, dispensam  programas, omitem os compromissos. 
Os rituais, aos olhares menos atentos, quase se assemelham, mas na realidade são muito mais diferentes que as diferenças ostentadas nos sorrisos.
De um, dizem ser "a esquerda radical", do outro "ser do arco do poder". São dizeres que, de tanto repetidos, entram no ouvido e subjacente fica o medo e a ideia subliminarmente inculcada de que ao primeiro corresponde "um partido de protesto", como se o seu congresso se limitasse a um acto de luta e resistência. Para o outro, ser "do arco da governabilidade" é um estatuto independente de valores, pois outros, de valores supostamente inversos, também o são. A imprensa vende a expressão como marca, como garantia da qualidade afiançada e manutenção do paradigma, não como estigma, não como denúncia de continuação da ruína.
Podiam entender-se? Olhando-os, até parece meter raiva que o não tenham feito já. Mas tal é impossível. Pelos interesses que defendem, pelo funcionamento das suas "máquinas partidárias", pela coerência entre os discursos e as práticas. 
Resta ao povo a sabedoria das escolhas...
______________
post editado em Dezembro de 2014, sem qualquer alteração

5 comentários:

  1. Vou esperar para ver.
    No fim, acredite Rogério
    que terei uma palavra a dizer.

    Por enquanto limito-me a observar...

    Abraço!!

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  2. Vou esperar para ver.
    No fim, acredite Rogério
    que terei uma palavra a dizer.

    Por enquanto limito-me a observar...

    Abraço!!

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  3. Boa noite,

    os bastidores da política são-me tão distantes!
    Não tenho competências que me permitam entender "camaleões", na política ou fora dela.



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  4. O PS não tem estaleca para ser mesmo de esquerda!

    Beijinhos, Rogério. :)

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