19 abril, 2024

"POR ABRIL, PELA DEMOCRACIA, VENHAM MAIS CINQUENTA (E FORAM QUINHENTOS)


 O jantar, comemorando Abril, ocorreu hoje na Cantina Velha da Cidade Universitária. Tinha prometido contar as mulheres mas limito-me a assinalar que estavam em absoluta maioria. Uma reconheceu-me como tendo feito um trabalho digno na Câmara Municipal de Almada. Outra, reconhecia eu enquanto membro da RIA em 1973. Cruzei-me com o Ricardo e imputei-lhe a responsabilidade de eu estar ali. Se se cantou Abril? Como não cantar? A abrir as intervenções ouvimos atentamente Carmo Afonso (que pena não ter gravado) que disse por palavras suas o que me vai na alma: isto, a continuar assim, adeus regime de Abril...



18 abril, 2024

COM ABRIL NA ALMA, HOJE FUI AO TEATRO

Ontem, tinha prometido a mim próprio que iria. E fui. Cheguei um pouco atrasado, mas deu para perceber que nas escolas havia um trabalho aturado e isso era visível naquele palco. Fica o testemunho


Enquanto via e me encantava não deixava de pensar o que saberiam aquelas crianças do que fora a revolução de Abril para a escola e para tudo o resto.... e o que lhes teriam contado seus avós de como a vida lhes terá melhorado com a conquista de novos direitos...




17 abril, 2024

COM ABRIL NA ALMA, AMANHÃ VOU AO TEATRO...

Na passada segunda-feira, dia 15, montámos no hall do auditório uma exposição que, de alguns anos a esta parte, tem levado a memória de Abril às escolas de Oeiras, lembram-se?
Este ano optámos por participar na iniciativa OEIRAS EDUCA e, assim, com esforço optimizado fazemos até que muito mais turmas leiam o belo texto do escritor Mário de Carvalho e fiquem a saber, o que nesse mesmo ano de 1974, graças à revolução, os idosos passaram a ser gente... A iniciativa decorre em toda a semana e, amanhã, lá estarei. Escolhi esse dia pois é aquele em que estará um mar de jovens da Escola onde a minha peça irá, em Junho, ser estreada...

Estive uns minutinhos na plateia, só para ter uma ideia.
Amanhã voltarei e por lá ficarei!

16 abril, 2024

LIBERDADE TEM NOME DE MULHER!


 E AGORA... ABRIL

Muitas vezes julguei não poder perdoar
os ultrajes sem fim causados às gentes que somos,
um país como casa abandonada e só,
um modo vil de pisar, doutrinar, perseguir, injustiçar.
Inteligência sem verso nem reverso
e poderes sem limites a governar.

E diz o inteligente que acabaram as canções.

Mas estas vieram e ficaram
e nos campos, nas praças e avenidas
floresceu, primeiro a esperança
e depois os cravos e, nos rostos, os sorrisos.

Nas asas de uma gaivota mil sonhos a voar.
Já não há canções p’ra calar.

Voltaram diferentes, embora iguais?!
Mas não no medo, na treva e no silêncio,
hoje, as gentes desiguais.

E, então - Abril Sempre.
Voltaram iguais, embora
evidentes de mais!

Lídia Borges, in Searas de Versos